quinta-feira, 25 de abril de 2024

ESCOLAS ASSINALAM O 50.º ANIVERSÁRIO DO 25 DE ABRIL

O quinquagésimo aniversário do 25 de Abril está a ser assinalado em todas as escolas do Agrupamento de Escolas de Monchique com um conjunto de atividades diversificadas que visam relembrar os valores conquistados com a Revolução dos Cravos, uma revolução ímpar, que nos garantiu a LIBERDADE e a DEMOCRACIA.

Do teatro às artes plásticas, à leitura e à escrita, são várias as iniciativas que afirmam ABRIL como garantia de uma sociedade mais livre, mais justa e mais fraterna.




Painel e cravos construídos pelos alunos da Escola EB1 N.º1
As mãos e os cravos dos meninos do 2.º ano da Escola EB1 N.º 1

Muitos dos nossos alunos, mesmo os mais pequeninos, são sensíveis a esta data, uma das mais importantes e bonitas da nossa História, e já evidenciam a consciência da importância da Liberdade, como comprovam os poemas que se seguem.


48 ANOS DE DITADURA

A ditadura fez parte de Portugal,

era um tempo abismal
e como esse não houve igual.
Mas que tempo infernal!
 
Com o Salazar a comandar,
e sem as pessoas respeitar, 
ninguém podia conversar
e muito menos estudar.
 
O povo português lutou
e muitas coisas conquistou.
A liberdade nos mudou
e a ditadura passou.

 Margarida Horta Estremores, 4.º ano, turma D1 (Escola EB1 n.º 1)

 
A LIBERDADE 

Portugal era um país

com muita gente infeliz.
Vivia-se uma ditadura
muito dura para a altura.
 
Até que 25 de abril acordou,
Salgueiro Maia comandou, 
as suas tropas avisou
e a liberdade chegou.

 Noemi Correia e Gabriela Marques, 4.º ano, Turma D1 (Escola EB1 n.º 1). 


POEMAS DE ABRIL «25 DE ABRIL»

 

25 DE ABRIL

Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo

 
Sophia de Mello Breyner Andresen, Cem Poemas de Sophia, Herdeiros de Sophia de Mello Breyner Andresen e Editorial Caminho, 2004, p. 93.


quarta-feira, 24 de abril de 2024

25 DE ABRIL - A REVOLUÇÃO DOS CRAVOS

Imagem construída no Canva
 

“Grândola, Vila Morena” soou na Rádio Renascença logo após a meia-noite do dia 25 de abril de 1974. A canção de José Afonso foi o sinal esperado pelas tropas para colocar em marcha o plano de derrubar a ditadura fascista.

As tropas saíram à rua na cidade de Lisboa, mas o povo também. Apesar de alguma resistência, rapidamente os militares tomaram o poder e, no dia seguinte, os prisioneiros políticos foram libertados.

Pela rádio, foi anunciado ao povo que o Movimento das Forças Armadas visava devolver a liberdade à nação e estabelecer a democracia, a descolonização e o desenvolvimento do país.

Nas ruas ouvia-se o povo gritar “O Povo Unido Jamais Será Vencido”; foi uma festa da Liberdade.

Portugal foi notícia em todo o mundo por ter vivido uma revolução sem violência e em que mulheres celebraram a liberdade, emocionadas, colocando cravos vermelhos no cano das espingardas dos militares. Esta flor tornou-se, assim, o símbolo deste acontecimento, que ficou conhecido como a Revolução dos Cravos.

Os exilados políticos, os militares e os jovens que haviam saído do país para fugir à Guerra Colonial regressam a um Portugal livre da censura. Na rádio soavam músicas antes proibidas, os jornais saíam sem cortes nas notícias, os partidos políticos de oposição ao regime deixaram de ser clandestinos e as pessoas passaram a poder decidir o seu destino.

Seguiu-se a construção da Democracia ao longo destes 50 anos, com alguns erros, mas, sobretudo, com muitos acertos. O medo, as perseguições, a violência, a guerra colonial e a intolerância a modos de pensar diferentes deram lugar à Liberdade e à Esperança na construção de um mundo, não perfeito, mas, sem dúvida, muito melhor.

A liberdade e a democracia em que vivemos só foram possíveis com o sacrifício de muitos que nos antecederam e é um tesouro que nos cabe, a todos, honrar, preservar e trabalhar, tendo em vista a construção de uma sociedade cada vez mais justa, fraterna e feliz.


Texto produzido pelas professoras Conceição Windle e Fernanda Gomes (Biblioteca Escolar / Agrupamento de Escolas de Monchique).



POEMAS DE ABRIL«MINHA PENA MINHA ESPADA»


MINHA PENA MINHA ESPADA 

Dois países num país

Canto o escravo ou o senhor?
Canto a dor que se não diz
canto a dor.
 
Minha pena a quem prenderam
guitarras com que cantavas
solta as aves que cresceram
nas palavras.
 
Rasga os silêncios e canta
vestida de terra e lua
solta o vento na garganta
desce à rua.
 
Minha pena baioneta
meu navio minha enxada
minha pena de poeta
minha espada.
 
Esta rua é teu país.
E a quem se senta no trono
vai e diz:
os homens não têm dono.
 
Manuel Alegre, País de Abril – Uma Antologia, Alfragide, Publicações Dom Quixote, 2014, pp. 43-44.  


terça-feira, 23 de abril de 2024

DESCOBRIR WASSILY KANDINSKY A PARTIR DA MATEMÁTICA

Os alunos da turma B1 (2.º ano da Escola EB1 n.º 1), orientados pela sua professora, Ana Marques, descobriram Wassily Kandinsky e a sua obra, ao estudar os polígonos e os não políginos na disciplina de Matemática. E este pintor russo, que é considerado o pai do abstracionismo, deu origem ao desenvolvimento de um DAC (Domínio de Articulação Curricular), que envolveu todas as áreas curriculares, do Português à Educação Artística. Prova disso é o magnífico painel construído por todos os meninos da turma, que pode ser apreciado na escadaria que dá acesso à sua sala de aulas, e um interessante texto coletivo que nos revela a génese da arte abstrata.

 

Numa bela tarde de sol, no ano 1900, estava o pintor Wassily Kandinsky a pintar um quadro de uma paisagem de França. Ele adorava pintar paisagens e França era o lugar perfeito. Parecia uma tarde calma e quente, quando, subitamente, uma ventania surgiu e levou o quadro pelos ares.

A pintura, que ainda não estava seca, ficou estragada. O pintor não queria acreditar no que os seus olhos viam…

Sentou-se, desesperado, e ficou a olhar para o seu quadro, que já nem se percebia bem que era uma paisagem. Mas ele reparou que tudo se transformou em formas geométricas.

Assim, resolveu arranjar a sua pintura, continuando a representar tudo com formas geométricas. Algumas eram polígonos e outras, não polígonos. Criou uma autêntica obra de arte, cheia de cor.

Gostou tanto desse quadro que pintou muitos outros de mesma forma.

Criou a arte abstrata, que veio a influenciar outros grandes pintores.  


Autores: alunos da turma B1 (2.º ano da Escola EB1 N.º 1 de Monchique).

POEMAS DE ABRIL: «NÃO É FIM DE SEMANA»


Não é fim de semana,
Não são férias
Nem é feriado.
É dia de trabalho
E mesmo assim é dia livre.
Por isso, vive, vive, vive!
Procura-te na curiosidade,
Saboreia o novo
Travo a travo.
Faz com que a liberdade
Te mereça
Sem apelo nem agravo.
Pede o céu, as estrelas e a lua
Tira o grito da cabeça
Devaneia pela rua
Armado em cravo.
 
E se alguém te apontar
E disser que é loucura,
Responde que loucura
É obedecer sem questionar
Uma ditadura.

Eduardo Jorge Duarte

 Retirado de: https://www.facebook.com/eduardo.duarte.739978, com a devida autorização do autor.


segunda-feira, 22 de abril de 2024

POEMAS DE ABRIL: «25 DE ABRIL»

Na semana em que se celebram os 50 anos da Liberdade e da Democracia, ABRIL já está nas nossas bibliotecas: nas exposições de livros, nas apresentações teatrais, na decoração, nas ilustrações, nos trabalhos manuais … e, claro, nos nossos CORAÇÕES.

E porque não podemos esquecer ABRIL, ao longo desta semana, publicaremos, diariamente, no nosso blogue, um poema que nos fala de ABRIL, do 25 de Abril.

25 de Abril

Era um dia puro e limpo

aquele dia de abril,
em que as ovelhas do medo
fugiram para o seu redil.
 
Um dia que amanheceu
com os capitães da guerra
a lutarem pela paz,
com gente da nossa terra.
 
Dia de cravos vermelhos
nos canos das espingardas,
dos gritos de liberdade
nas bocas amordaçadas.
 
Não pode morrer abril,
que nós não vamos deixar.
Hão de florir sempre cravos,
basta alguém os semear.                  

 Luísa Ducla Soares, A Cavalo no Tempo, Porto, Porto Editora, 2015, pp. 10-12. 


sexta-feira, 19 de abril de 2024

DA POESIA AO VALOR DO 𝝅

Há, certamente, muitas e variadas formas de estudar matemática, mas associar a poesia à abordagem de um conteúdo tão importante quanto o valor do 𝝅 pode parecer arriscado.

Créditos da imagem: Georgina Gervásio

E se a poesia for «A história infinita do 𝝅», de Manuel António Pina?

 A história infinita do 𝝅 


Julgando o fim a chegar,
o 𝝅 deu de começar
a preocupar-se consigo.
E um dia fez a bagagem
e partiu numa viagem
ao fundo do seu umbigo.

Mas o umbigo era mais fundo
do que o umbigo do mundo
e o 𝝅 regressou mais
baralhado que à partida,
de cabeça confundida
com cálculos decimais…

Hoje o 𝝅, já muito velho,
senta os netos nos joelhos
e fala-lhes de Alexandria,
da China, de Chung Zhi,
de Al-Kashi, de Al-Kwarismi,
da Casa da Sabedoria.

E dos milhares de milhão
de casas onde viveu
na sua aventurosa existência,
desde o dia em que nasceu
da estranha relação
dum diâmetro e uma circunferência.

 MANUEL ANTÓNIO PINA, Pequeno Livro de Desmatemática. Assírio e Alvim, 2002, pp. 26-27.

E se, antes disso, os alunos já tiverem conhecimento do texto «O 𝝅», do mesmo autor?

Digamos que está aberto o caminho para uma atividade prática que permite comprovar o valor do 𝝅.

E foi precisamente isso que aconteceu na passada semana, na nossa biblioteca escolar, com os alunos do 6.º ano a descobrirem como chegar ao valor do 𝝅.

Bastou, apenas, seguir as seguintes etapas: 

    👉 Medir, com rigor, o perímetro da circunferência:
    👉 Medir, com rigor, o diâmetro dessa circunferência;
    👉 Dividir o valor do perímetro pelo valor do diâmetro.






E, pronto, estava encontrado o valor do 𝝅3,1416….

Obviamente, nem todos os resultados encontrados pelos alunos foram exatos, pois não dispúnhamos de instrumentos de medida rigorosos e precisos, mas todos os valores se aproximaram muito do valor do 𝝅.

sábado, 13 de abril de 2024

SALA CHEIA NA 14.ª EDIÇÃO DO CONCURSO «PARES DA LEITURA»

As provas da 1.ª fase do Concurso «Pares da Leitura» 2024 decorreram no passado dia 12 de abril, na sala Manuel Martins, na Junta de Freguesia de Monchique, que encheu totalmente para acolher os pares participantes, os professores e os familiares e amigos que se associaram a esta iniciativa de promoção da leitura. 


Compareceram 25 pares a concurso, 50 leitores, ou seja, 25 alunos e 25 adultos desafiados pelos alunos para formar par: treze mães, um pai, uma irmã, uma tia, uma prima, uma amiga, quatro professores, dois funcionários e uma mentora do projeto Teach for Portugal. 

A prova dos alunos centrou-se na obra O Dragão, de Luísa Ducla Soares.

 
 




Lá fora, no quintal da Junta de Freguesia, enquanto os alunos faziam a sua prova, os adultos aproveitavam os últimos minutos para reler partes do seu livro e trocar pontos de vista.


A prova dos adultos baseou-se na obra 35 Quilos de Esperança, de Anna Gavalda.





Corrigidas as provas e somadas as pontuações de cada elemento do par, apuraram-se dez pares que passam à segunda fase:

    - Liia Ludovico e Ana Ludovico (mãe);
    - Jamila Bragança e Zaira Bissig (mãe);
    - Maria Reis e Raquel Duarte (mãe);
    - Margarida Mestre e Mara Veiga (mãe);
    - Anita Pereira e Carla Monteiro (professora);
    - Diogo Catarino e Anabela Martins (tia);
    - Tiago Nunes e Lúcia Costa (professora);
    - Uma Holdt e Ana Rita Oliveira (mentora do projeto Teach for Portugal);
    - Lara Susana e Vanda Duarte (mãe);
    - Carolina Domingos e Beatriz Florêncio (mãe).






Pares suplentes:

1.º - Carolina Oliveira e Vera Catarino (mãe);
2.º - Mariana Nunes e Georgina Duarte (funcionária)

Nota: O apuramento do último par implicou o recurso ao fator tempo na resolução das provas, já que apresentava uma pontuação igual à do par primeiro suplente.

Para a 2.ª fase, os alunos terão agora de ler a obra Avozinha Gângster Volta a Atacar, de David Walliams, e os adultos, As Pequenas Memórias, de José Saramago, obras que foram oferecidas a todos os pares finalistas pelo Presidente da Junta de Freguesia de Monchique, autarquia parceira na organização deste concurso, que financia a aquisição das obras e a atribuição de todos os prémios.

 

sexta-feira, 12 de abril de 2024

ENIGMATEMÁTICO: DA PERPLEXIDADE À COMPREENSÃO

Trabalhar competências da disciplina de Matemática a partir da leitura de um texto narrativo (uma história) é uma proposta que, muitas vezes, deixa os novos professores da escola um pouco reticentes. 

Imaginem, então, a perplexidade que se instalou na biblioteca escolar quando foi dito que o que estava escrito no quadro era o resumo de uma história! Os alunos olharam para o seu professor de Matemática (o professor Luís Moreira), incrédulos, desconfiados, questionando-o com o olhar, esperando uma resposta contraditória da sua parte.


Mas as coisas foram-se compondo, a resolução da expressão numérica foi revelando as personagens (o dez, o oito, o quatro, o doze, a subtração, a divisão e a multiplicação) e, depois, quando a história foi lida, os alunos começaram a perceber tudo.

Por fim, até foram capazes de recontar a história «Passei com mais dois», de Gianni Rodari, a partir da expressão numérica!

Seguiram-se atividades em grupo, três desafios propostos pelo módulo «Enigmatemático», do projeto «Newton gostava de ler!», que puseram à prova as capacidades de concentração e de raciocínio dos alunos e o seu sentido de colaboração e interajuda: «o caracol», «as casas da minha rua» e «família de tartarugas».

Há que acrescentar que, nas duas turmas do 5.º ano, TODOS OS GRUPOS conseguiram resolver os desafios com facilidade. 


sábado, 6 de abril de 2024

«PARES DA LEITURA» 2024: JÁ FALTA MUITO POUCO!

A 1.ª fase do Concurso «Pares da Leitura» 2024 está a entrar na reta final! As provas são já na próxima sexta-feira, dia 12 de abril, às 19h30.



Desta vez, e devido às obras que estão previstas na Escola Básica Manuel do Nascimento, as provas terão lugar no edifício da Junta de Freguesia de Monchique, na sala Manuel Martins.

As inscrições continuam abertas. Ainda há tempo para ler o livro com tranquilidade e participar!

sexta-feira, 29 de março de 2024

MONCHIQUE NO MAPA NACIONAL DA SEMANA DA LEITURA 2024

A Rede de Bibliotecas Escolares divulgou, na sua página, os dados relativos à participação das bibliotecas escolares na Semana da Leitura 2024, que se assinalou, como já foi referido no nosso blogue, de 18 a 24 de março.

Nessa publicação é possível consultar um mapa com as escolas inscritas e aceder aos cartazes e programas de cada uma delas.

Clique sobre uma das imagens que se seguem e descubra, também, a presença do Agrupamento de Escolas de Monchique neste mapa nacional da Semana da Leitura.


MARÇO, MÊS DA POESIA 2024: «OS MENINOS EDUCADOS»

 

Os meninos educados

0s meninos educados
de manhã dizem bom dia,
bom dia, senhor José,
bom dia, dona Maria.
 
Os meninos educados
de manhã dizem bom dia,
bom dia, sol amarelo,
bom dia, ribeira fria,
bom dia, flores do jardim,
bom dia, cães da cidade,
bom dia, ó bicicleta,
bom dia de liberdade.
 
Os meninos educados
de manhã dizem bom dia,
bom dia, lixo da praia
e cascas de melancia,
bom dia, guerra que matas,
bom dia, mesa sem pão,
bom dia, teto de céu,
bom dia, voz sem canção.
 
Os meninos educados
de manhã dizem bom dia
e partem como andorinhas
em busca de um novo dia.
 
Luísa Ducla Soares, A Cavalo no Tempo, Porto, Porto Editora, 2015, pp. 58-59.


Poema sugerido e lido por Lara Susana, 5.º ano, turma B.

quinta-feira, 28 de março de 2024

MARÇO, MÊS DA POESIA 2024: POEMAS AO MÊS DE MARÇO

Março foi o mês escolhido para celebrarmos a POESIA no Agrupamento de Escolas de Monchique, iniciativa a que os nossos alunos, mesmo os mais pequeninos, não ficaram alheios.

Prova disso são os dois poemas produzidos por duas alunas do 3.º ano da Escola EB1 n.º 1 que a seguir se transcrevem.

EM MARÇO

Em março
há a primavera
há flores de mil cores
andorinhas a voltar
é a primavera a chegar.
 
Em março
há o dia da poesia
lemos com alegria
é um dia cheio de magia.
 
Em março
há o dia da árvore
é importante relembrar
como elas são importantes
e o oxigénio nos podem dar.
 
Em março
há a Páscoa
come-se folar
e vemos borboletas a voar.

Autora do poema:
Catarina Balbino, 3.º ano, Escola EB1 n.º 1 de Monchique.


O MÊS DE MARÇO

Já chegaram as férias
e também a primavera
as flores florescem
as andorinhas aparecem
 
O março já chegou
há o dia da poesia
poemas para ler
e muito para aprender
 
Coelhos e ovos a saltar
e o Dia da Árvore
para comemorar

Autora do poema:
Flor Domingos, 3.º ano, Escola EB1 n.º 1 de Monchique